sábado, 5 de maio de 2018

Pornografia: abismo que atrai outros abismos!


“Foi a experiência mais tenebrosa, desesperadora e solitária da minha vida. Eu me sentia no fundo de um abismo. Tudo ao meu redor era silêncio: silêncio dos amigos, da família e, aparentemente, até de Deus. Vivia completamente sem esperança de que alguém me estenderia a mão para me resgatar.”
Assim se inicia o artigo intitulado “Aprisionados pela pornografia”, publicado no jornal “Correio Braziliense” (18-3-18), de autoria de Gabriela Vinhal e Hellen Leite. As palavras são de “Sônia” (nome fictício), uma viciada em sites de pornografia.
A matéria em nenhum momento aborda o aspecto religioso e moral, sem dúvida o mais importante, mas abunda em referências cientificas, opiniões de estudiosos e psicólogos. Esse lapso mostra o quanto ela é “insuspeita”, pois alguém poderia dizer: “Aí vai mais uma opinião religiosa sobre pornografia”…
Segundo Fábio Augusto Caló, especializado em terapia sexual no Instituto de Psicologia Aplicada (Inpa), “esta trajetória se assemelha à de pessoas que se tornam dependentes de substâncias químicas. Uma atividade inicialmente prazerosa passa a ser buscada cada vez mais, até um ponto em que prejudica a escola ou o trabalho e afeta os relacionamentos pessoais”.
Especialistas dizem o caminho tomado por Sônia não é raro e pode levar a quadros de desespero quando a pessoa acha que perdeu o controle sobre a própria vontade. “Não é incomum que o dependente enfrente sérios riscos de suicídio e também se coloque em situações que podem afetar sua saúde física”.
O tema está diretamente ligado à era digital. Impressiona a afirmação de Caló: “Com a internet, a pessoa abre 15 vídeos de uma vez. Ela pode adiantar cenas, ver diferentes tipos de sexo. A quantidade de estímulos a que fica exposta em uma hora é muito maior do que a de um indivíduo, há 40 anos, teria ao longo da vida inteira.”
Dados da revista americana “The Week” indicam que 12% dos sites — cerca de 76 milhões de endereços — são dedicados a “conteúdo explícito”. Um só site pornográfico recebeu por dia, em 2017, a visita de 81 milhões de pessoas (sic!) de todo o mundo. O Brasil é o 10º lugar no ranking dos países que mais buscam esse mesmo portal.
A facilidade de acessar conteúdos assim na internet é tal, que até crianças estão
sujeitas ao consumo dessas imagens e vídeos.
Assim como acontece com todos os outros vícios, quanto mais se afunda no consumo da pornografia, menos satisfação se recebe e mais difícil se torna abandoná-lo. O que parecia um mundo de felicidades, um “paraíso”, torna-se um inferno.
Nossa conclusão não é a mesma do “Correio Braziliense”, cujo artigo aconselha a busca de ajudas meramente científicas e naturalistas.
Todo este assunto é novidade para quem não tem formação religiosa verdadeira, mas não surpreende os que acompanham o desvario dos acontecimentos anunciados por Nossa Senhora em Fátima.
Por sua vez, aqueles a quem incumbiria condenar, invectivar e repreender, se calam, omitem-se, para dizer pouco.
Uma pergunta que inevitavelmente vem ao espírito é: até onde nos conduzirá essa marcha de depravação em depravação? Segundo os autores de vida espiritual, se o homem não colocar um basta nas suas tendências más, não há limites aonde ele não possa chegar. Já se divisam no horizonte aberrações que me poupo de citar aqui por respeito aos leitores.
O alerta em relação aos vícios, especialmente aos de impureza, vem sendo abordado há dois mil anos. Aliás, até muito antes. O Antigo Testamento está repleto de elogios à virtude da castidade. Nosso Senhor Jesus Cristo e os Apóstolos a louvaram magnificamente; os primeiros Padres da Igreja, os Santos, os Doutores, exaltaram-na de maneira toda especial.
Nada disto é novidade para um bom católico. Antes de tudo, a Doutrina da Igreja nos ensina que sem a graça de Deus — que nunca falta a quem pede — jamais conseguiríamos praticar a virtude da pureza, que nos faz semelhantes aos Anjos do Céu.
Enquanto este mundo não se converter à totalidade da moral ensinada pela única Igreja verdadeira do único Deus verdadeiro, não há abismo em que não se precipite.
Peçamos Àquela que foi conceb0ida sem pecado, a Imaculada Mãe de Deus, que nos ajude a preservar essa santa virtude, ou a recuperá-la, para que se realizem assim em nós as palavras do Divino Mestre “Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”(Mt 5,8). 
Publicado em;
https://ipco.org.br/pornografia-abismo-que-atrai-outros-abismos/

Católico, professor, jornalista, 
discípulo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

O tesouro das indulgências

Meia hora de adoraçao ao SS.
 Sacamento
Para um católico seriamente praticante, que conhece pelo menos os pontos básicos do Catecismo, a Santa Igreja é de uma beleza incomparável. Seus tesouros espirituais, descobertos a cada dia, são sempre motivo de encantamento, alegria e admiração.
Para os não católicos ou os indiferentes à Igreja, mas principalmente para aqueles que lhe têm um ódio profundo, qualquer pequena calúnia levantada contra Ela ou o mau procedimento de algum de seus filhos é pretexto para arroubos de indignação e deblateração.
É o que sucede, por exemplo, com a doutrina sobre as indulgências. Quanta calúnia se levantou contra a Igreja a propósito do famigerado heresiarca Lutero, com sua revolta baseada em uma suposta “venda da salvação eterna pelas indulgências”! Quanta invenção, mentira, superficialidade e ignorância histórica!
Rezar um terço em familia, em grupo, ou
 com algum amigo.
Para surpresa minha, o interesse dos componentes desse público era igual ou até maior que o dos jovens, mas observei também, da parte deles, um conhecimento insuficiente e não aprofundado sobre a matéria, que os leva a não aproveitar esta riqueza incomparável da Igreja.
Dedicando-me à formação religiosa de adolescentes, tenho observado uma atenção e um interesse especial deles pelo assunto, o que me levou muitas vezes a orientá-los. Recentemente fui convidado a expor a doutrina sobre as indulgências para pessoas já bem longe da adolescência, conhecedores da doutrina católica e com décadas na prática séria da religião.
A grande Santa Teresa d’Ávila teve uma visão de Nosso Senhor, durante a qual ela viu no Céu uma religiosa de sua Ordem que era pouco fervorosa. Espantada, quis saber por que a mesma se livrou tão rapidamente do Purgatório. O Divino Redentor então lhe respondeu: “Ela soube aproveitar bem as indulgências que a Santa Igreja lhe concedia”.
Ler durante meia hora uma dos livros da
Biblia Sagrada.
Nada disso é impossível aos católicos que têm uma vida de piedade normal. Não se requerem méritos nem “truques” pessoais, pois os benefícios advindos das indulgências nos são fornecidos pelos méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Virgem Santíssima e dos santos.Explicarei do modo mais sucinto e didático possível como um católico pode obter facilmente uma indulgência plenária, e também como ele pode ir diretamente para o Céu sem passar pelo Purgatório, bastando rezar algumas orações durante a vida.
Ensinar o Catecismo durante
meia hora
A remissão das penas temporais devidas aos pecados já perdoados pode ser obtida de várias maneiras: por atos de penitência voluntária, jejuns, sofrimentos no Purgatório, ou através das indulgências.Tudo está claramente definido no Manual das Indulgências, documento oficial da Santa Igreja, do qual colhi as condições, normas e vantagens para a obtenção durante a vida da remissão das próprias penas, bem como as vantagens decorrentes, como exponho a seguir.
São seis as condições para se receber uma indulgência plenária:
1 – Ter a intenção de recebê-la. Pode ser uma intenção genérica, enunciada no começo do dia, uma vez por semana ou até uma vez por mês.
2 – Confessar-se. Uma única confissão vale para muitas indulgências plenárias.
3 – Comungar. Uma comunhão vale apenas para uma indulgência plenária.
4 – Rezar pelas intenções do Santo Padre. Pode ser um Padre-Nosso e uma Ave- Maria.
5 – Não ter apego ao pecado, mesmo venial. Isto não significa a exigência de a pessoa não cometer pecado, mas sim de não ter apego a ele e desejar abandoná-lo.
6 – Execução da obra. Dou cinco exemplos de atos fáceis de serem realizados:

Assistir a uma Primeira Comunhão 

a) Meia hora de visita ao Santíssimo Sacramento.
b) Rezar um terço em família, em grupo, ou com algum amigo.
c) Ler durante meia hora um dos livros da Bíblia Sagrada.
d) Ensinar o Catecismo durante meia hora.
e) Assistir a uma Primeira Comunhão.
Além de ganhar uma indulgência plenária todos os dias, o fiel que ao longo de sua vida rezar — uma vez por semana, por exemplo — uma oração (a Alma de Cristo ou qualquer outra) fazendo uso de um crucifixo, receberá uma indulgência plenária no momento de sua morte.
Uma dádiva como esta constitui uma verdadeira misericórdia de Deus, desde que queiramos e nos esforcemos para viver na Sua amizade. Ela nos induz a abandonar o pecado e nos livra dos pesos de consciência que sempre acompanham o estado de pecado grave.
Aproveitemos todas as indulgências que nos são concedidas para o nosso proveito, o bem das almas e as necessidades da Santa Igreja, mas principalmente para a maior glória de Deus Nosso Senhor.
Revista Catolicismo no. 805 janeiro de 2018.

2 comentários para O tesouro das indulgências
11 de Janeiro de 2018 à 21:33
Possam até ver como desproporcional a comparação que vou fazer agora, em razão do artigo em questão: neste perturbador mundo em que vivemos atualmente, penso que deve ter sido mais fácil ter vivido no século XIII, estar vestido com uma armadura de ferro, montado em um poderoso corcel e brandindo uma espada enorme para lá e para cá, cortando cabeças de muçulmanos e furando suas barrigas, até ser atingido por alguma flecha e morrer no meio da batalha…. como é difícil, hoje em dia, lutar contra o mundo e praticar a simplicidade exigida para se obter a indulgência plenária…. que Nossa Senhora sorria para mim de uma vez, me mostre logo o caminho e me dê forças excepcionais….
Frederico HosananResponder
12 de Janeiro de 2018 à 12:18
Que coisa impressionante esse da indulgência plenária! Não sabia que nossa igreja católica concedia um meio tão grande como esse para nossa salvação. Um católico que pratique esse ensinamento se salva infalivelmente. E tão simples de praticar! Basta ter o desejo de querer receber a indulgência, Confessar, comungar, rezar duas orações na intenção do papa, rejeitar o pecado e não querer pecar e pronto, se beneficia da indulgência. Como é que não se ensina isso, meu Deus! Tenho 60 anos e nunca ouvi um padre falar isso num sermão ou em qualquer outro lugar. Seria muito bom se o autor escrevesse mais sobre o que é uma indulgência para quem não conheça bem o que é.

sexta-feira, 4 de maio de 2018



O cemitério está cheio de insubstituíveis

Por
 -




Observar e admirar minúcias que nos cercam continuamente está entre as coisas que mais alegram o espírito e enchem a alma de satisfação. Episódios corriqueiros
São Tomas de Aquino
do  dia a dia, aparentemente sem importância, quando bem apreendidos podem nos inspirar ensinamentos e eventualmente servir para uma crônica ou um artigo. Foi o que se deu comigo nestes últimos dias.
Em troca de correspondência com um muito estimado amigo de décadas, ele no Velho Mundo e eu por estes Brasis, lamentávamos o abandono, por parte de um terceiro, de trabalhos muito importantes para todos nós. Igualmente deplorávamos essa atitude pelo modo como era feita e como nos deixava embaraçados para encontrar alguém que substituísse aquele terceiro.
Depois de trocarmos impressões, lembrou-me ele o conhecido ensinamento de que ninguém nesta vida é insubstituível, nem o personagem em questão, nem qualquer um de nós. Princípio este muito valioso para quem quer progredir na humildade e na despretensão.
Concordava plenamente com este meu amigo; e para consolá-lo um tanto, pois era ele o mais prejudicado na situação, enviei uma frase que aprendi desde meus tempos de adolescência: “o cemitério está cheio de insubstituíveis”. Para meu contentamento, respondeu-me demonstrando a satisfação que sentira em conhecer tal ditado, acrescentando que o incluiria em seu “documento Phrases”. Por mais simples que fosse, causou-me real alegria a satisfação de meu amigo.

Não sei por que razão, o assunto foi e voltou em minha mente e deu motivo para não intencional meditação. Perguntava-me: somos realmente insubstituíveis?
Aqui vai um pouco de doutrina elementar, propriamente catecismo.
Por um lado, podemos dizer que sim. Em matérias práticas, funcionais, como no caso objeto de nossas lamentações, somos substituíveis e muitas vezes com facilidade. Em matérias outras, não.
Quem, em certos momentos, não tem necessidade premente do apoio de um bom conselho, de um amparo, de um socorro? Nessas ocasiões aflitivas, quem substituirá uma terna e virtuosa mãe, um bom mestre, um bom conselheiro, principalmente um prudente diretor espiritual?
Pasteur
Pasteur, Fleming e muitos outros não apareceram, para a Humanidade, na hora "h"? Seriam substituíveis por alguém à altura e com total acerto?
Transcendamos ao sobrenatural. Cada um de nós é único na obra de Deus. Fomos criados para refletir, individualmente, uma qualidade especifica Sua. Disto raramente nos orgulhamos ou nos envaidecemos. Se não correspondermos ao que Deus Nosso Senhor espera de nós, seremos substituídos a contento? Sua obra relativa a nós não estaria falha para sempre?
Imagine-se que tivesse falhado em sua correspondência à graça um São Tomas de Aquino, um São Francisco de Assis, um São João Bosco. Seriam substituídos à altura? Sendo cada um destes luminares – e quantos outros não houve? – planos “A” da Providência Divina, não tendo correspondido, Nosso Senhor os substituiria por um plano “B” ou por um plano “A+A”? São mistérios que só desvendaremos no dia do último juízo.
Outro assunto relacionado e não menos interessante. Ouvia há tempos palestra de um grande mestre da vida espiritual. Analisava ele um eminente personagem, que, segundo tudo indicava, sobressairia como uma grande vocação. Decaiu e levou uma vida moral bem longe de Deus Nosso Senhor. Comentava aquele mestre: “as coisas de Deus são tais, que se esse personagem rezasse determinada oração, bem rezada, recuperaria toda sua vocação e ainda mais”. Achei bem acertado esse comentário e muito apropriado a aumentar em nós a virtude da confiança. Não foi o que aconteceu com o bom ladrão, São Dimas, nos últimos instantes de sua existência? Primeiro santo canonizado, e por QUEM!
Isso é exceção, e seria grande temeridade deixarmos nossa conversão e a realização de nossa missão pessoal para o último instante de nossa vida. Estaríamos no cemitério e aí sim insubstituíveis… 
Católico, professor, jornalista, discípulo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

 

Tragédia ou privilégio do pequeno Aylan Kurdi?


Aylan Kurdi, encontrado morto numa praia da Turquia, ao tentar fugir com sua família do estado caótico em que se encontra seu país (Nilufer Demir/Reuters)
Autêntica ou artificialmente, a figura do menino sírio Aylan Kurdi – encontrado morto numa praia da Turquia, ao tentar fugir com sua família do estado caótico em que se encontra seu país – repercutiu em todos os meios de comunicação.
Quem possuir algum sentimento de alma, não pode ter ficado impassível ante sua imagem, debruço e a cabeça enterrada na areia, nem ao drama de sua família e de todas as populações que se encontram em situação análoga.
As atitudes e opiniões a propósito do triste acontecimento se dividiram. Muitos foram inculpados, especialmente os países ricos, acusados de falta de senso humanitário por dificultarem o acolhimento de pessoas atingidas por tamanha tragédia.
No entanto, acho que não foi essa a verdadeira causa do ocorrido. Pretendo expor aqui outras considerações que povoaram então a minha mente. E elas dizem respeito ao fato de que, no volumoso noticiário sobre a morte do menino, não pude saber que religião professava os seus pais.
De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja Católica, religião que professo com todas as veras de minha alma, esse garoto salvou a sua alma. Nossa fé ensina que, salvo raríssimas exceções, só atingimos a idade da razão por volta dos sete anos. Antes disto não somos responsáveis pelos nossos atos, incapazes, portanto, de ofender gravemente a Deus.
Aylan kurdi ao morrer tinha três anos de idade.  Caso ele tenha sido validamente batizado, sua alma está diante da Santíssima Trindade, dos Anjos e dos bem-aventurados por toda a eternidade. Sabe-se bem o que é isso? Milhões e milhões de anos numa felicidade plena, sem nunca acabar, pois é eterna!
Caso ele não tenha sido batizado, onde estará a sua alma inocente? Deixo o problema aos teólogos. Segundo sempre aprendemos, estaria no Limbo, isto é, usufruindo de uma felicidade natural em sua plenitude. O certo é que perdido ele não está.
Claro que gostaríamos que Aylan vivesse por muitos e muitos anos, e chegasse a um auge de perfeição desejada pela Divina Providência. E depois, com a alma na amizade de Deus, ganhasse o céu por toda a eternidade. Devido às circunstâncias da impiedade hodierna, pergunto apenas se esse menino não acabou ganhando, pois Deus Nosso Senhor tem suas vias, e quão misteriosas elas são.
Aylan kurdi morreu tragicamente, mas expirou inocente. Que ele rogue à Virgem Santíssima e ao Seu Divino Filho que nos abençoem e protejam, e vele por nossos filhos e nossas famílias, a fim de que nós, que ainda habitamos neste vale de lágrimas, não caiamos em tamanha desgraça.
  Sobre Sergio Bertoli


Católico, professor, jornalista, discípulo do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira.
Foto junto a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima que chorou em New Orleans USA - 1992. Em despedida rumo aquele país no aeroporto de Guarulhos 7/10/2015.

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo


Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo
Sergio Bertoli (*)
           O que entendemos por milagre na doutrina da Igreja Católica, Apostólica, Romana? – Trata-se de um fato, ou melhor, de um acontecimento que contraria as leis da natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo realizou incontáveis milagres, sendo o da própria ressurreição o maior de todos, pois se não tivesse ressuscitado nossa fé seria vã.
Milagre é também um dos aspectos da vida dos Santos e uma confirmação marcante da veracidade da Igreja, que na sua sabedoria e prudência foi sempre muito cautelosa na comprovação de um milagre. Exemplo disso ocorre em Lourdes, na França, onde de 1858 até hoje houve incontáveis milagres operados, embora os reconhecidos pela Igreja ainda não cheguem a setenta.
A Igreja sempre incentivou os fieis a fortalecerem sua fé admirando e contemplando os milagres. Por exemplo, há muitos deles relativos à Presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada. Talvez o mais conhecido seja o de Lanciano, Itália. No sitewww.americaneedsfatima.org consta a narrativa de um milagre eucarístico relativamente recente, digna de figurar na Legende dorée ou nos Fioretti de São Francisco de Assis.
No último dia da estadia de João Paulo II aos EUA, em 1995, ele visitou em Baltimore o seminário de Santa Maria. Quis também fazer uma visita não programada à capela do Santíssimo Sacramento. Sentindo os responsáveis pela sua segurança a necessidade de uma ágil tomada de precauções, puseram-se a percorrer as salas e demais dependências com cães farejadores, utilizados em desabamentos de prédios e catástrofes naturais.
O objetivo era localizar eventuais pessoas escondidas no local com intenções escusas. Os cães esquadrinharam a Capela e nada encontraram. Farejaram também o altar do Santíssimo Sacramento, e não encontraram ninguém. Quando chegaram diante do Sacrário, pararam e olharam fixamente, como procedem quando há alguém entre os escombros.
Com os olhares fixos no Sacrário, cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local, apresentando todas as características de estar ali uma pessoa escondida. Na verdade, não havia ninguém, exceto no interior do tabernáculo, onde estava realmente o verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.
Inteirei-me do acontecimento apenas agora, ou seja, 20 anos depois, apesar da rapidez sideral dos meios de comunicação de nossos dias. Com efeito, tamanha é a indiferença das pessoas de hoje em relação ao sobrenatural e à Religião, que Deus Se serviu desses cães para lhes dar uma lição de credulidade. Se estivéssemos nos tempos medievais, tal acontecimento seria certamente imortalizado em maravilhosos vitrais de várias de suas imponentes catedrais.
(*) Sergio Bertoli é jornalista e colaborador da ABIM
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

domingo, 2 de novembro de 2014

Infinitas graças vos damos, soberana Rainha!

11-12-2013
Infinitas graças vos damos, soberana Rainha!
Sergio Bertoli
Razões de trabalho me levaram recentemente a Salvador. À tardinha, depois da tarefa cumprida, um colega soteropolitano me convidou para um giro a pé pelo centro histórico da encantadora cidade. Bahia, nome evocativo de tanta história para nós brasileiros.
Seguindo o roteiro proposto por Gabriel – nome do colega de trabalho – pude observar, enlevado, muitos aspectos pitorescos e belos da cidade como o Relógio de São Pedro, a Piedade, o Mercado Modelo, o Pelourinho, entre outros.
O horário parecia não favorecer muito, pois as igrejas históricas já se encontravam fechadas. Caminhávamos num ritmo bem baiano, sem pressa, para poder admirar as fachadas dos prédios com suas sacadas e seu colorido ressaltado pela iluminação.
Não faltavam turistas, em sua maioria bebericando algo nas calçadas defronte a restaurantes e bares ao longo das ruas e praças. Pude admirar, apenas por fora, a Igreja de São Francisco e a da Ordem Terceira. Muita coisa do que via me era familiar uma vez que, virtualmente, não apenas conhecia, mas já havia lido a respeito.
Pude tirar a limpo, por exemplo, uma curiosidade sobre a fachada da Ordem Terceira, hoje com todos os detalhes externos originais. Em épocas mais remotas foi coberta com reboco, dado que muitas esculturas ali presentes são repletas de símbolos. Quem estudou a grande a gesta de Dom Vital no Brasil, não poderia deixar de rememorar a razão deles nas ordens terceiras.
Aquela região é denominada Pelourinho, local onde os escravos recebiam castigo. Ali se encontra a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Até um restaurante-escola do SENAC. Mais ao longe, víamos as igrejas de Santa Bárbara, do Carmo e da sua Ordem Terceira.
Depois de caminhada tão agradável quanto instrutiva, íamos descendo a ladeira a fim de tomarmos um táxi. Mais uma igreja em nosso caminho, a de Nossa Senhora do Rosário do Homem Preto que, para nossa alegria, encontrava-se aberta. Entramos com sofreguidão. Vozes varonis recitavam as orações do Terço.
Pelo que fomos informados tratava-se do “Terço dos homens” em sua 59ª edição... A ascendência italiana falou mais alto dentro de mim. Confesso que me emocionei. Não tive dúvida, tirei meu terço do bolso e ajoelhei-me. Uma simpática pessoa na frente fez-me um sinal para que eu me associasse a eles.
Na verdade, o que eu desejava mesmo naquele momento não era propriamente rezar, mas, na quietude, admirar aquela luminosa cena. Ao contrário de orações lentas e langorosas, ouvia vozes másculas, altas, quase proclamadas a louvar a Virgem Santíssima.
Encerrado o Terço, veio um cântico seguido de uma consagração dos presentes a Nossa Senhora. A voz deles era grave e forte, além de muito afinada. Sensibilizei-me ao ver e ouvir aqueles senhores recitarem "Infinitas graças vos damos, soberana Rainha"...
Não importa a raça, todos nós temos a Virgem Branca do Rosário por Rainha, mas ali havia algo mais... Havia o charme negro da Bahia de Todos os Santos. Seguindo uma tradição deles, fui até convidado a dizer algumas palavras. Vi-os de frente. Quase todos em traje social. Nenhuma bermuda, camiseta e chinelos.
Fomos convidados para um lanche. Conversa farta e cheia de atração. Hospitalidade é o que não faltou.
Saí dali pensativo, sempre acompanhado do verboso Gabriel. Preferi tomar uma refeição leve e ir me recolher no Hotel. Perguntei-me muitas vezes onde estavam os negros revoltados que setores da mídia e de certas sacristias procuram realçar.
Confesso ter tido naquele dia uma profunda alegria de alma por sentir-me entre irmãos, pois somos todos filhos do mesmo Pai e da mesma Mãe. Se quiser, sob a invocação de Virgem Santíssima do Santo Rosário do Homem Preto de Salvador.
(*) Sergio Bertoli é jornalista e colaborador da ABIM

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Catolicismo e Contra-Revolução no Brasil dos séculos XIX e XX


Reminiscência

Catolicismo e Contra-Revolução no Brasil dos séculos XIX e XX

Magníficos frutos do autêntico catolicismo no Brasil, baseado nos ensinamentos do Concílio de Trento, revigorado em meio a muitas provações e ataques anticlericais

Sergio Bertoli

     O século XIX foi marcado pelo florescimento do catolicismo ultramontano, que fortaleceu a influência e o prestígio da Santa Igreja. Além de afirmarem as verdades eternas, os católicos se opunham decididamente aos inimigos da fé.

      Inspirado nos perversos ideais da Revolução Francesa, expandia-se na época o chamado liberalismo católico, o qual pregava a “democratização” da Igreja e o distanciamento em relação à autoridade papal. Os católicos ultramontanos se levantaram então com ufania para defender a autoridade do Sumo Pontífice e a ortodoxia, gerando ao mesmo tempo grande dinamismo nas instituições e movimentos católicos.

Bem-aventurado Papa Pio IX
      Na Europa, esse renouveau teve como figuras proeminentes contra-revolucionários do porte de Donoso Cortes, Joseph de Maistre, De Bonald, São Clemente Maria Hofbauer e, principalmente, o Bem-aventurado Papa Pio IX.

      Muitos outros poderiam ser aqui citados. Catolicismo, na década de 1960, através da pena de seu saudoso colaborador, Prof. Fernando Furquim de Almeida, abordou com maestria a luta ultramontana e contra-revolucionária desenvolvida na Europa durante o século XIX.

     No Brasil, este mesmo combate se travou com enorme vivacidade, envolvendo altas personalidades: a) de um lado, os defensores da fidelidade a um catolicismo genuíno; b) de outro, os propugnadores do dito catolicismo liberal, o “progressismo” da época.

Visão da História sob o prisma católico

     Analisada a História sob o prisma católico, ela não se apresenta como uma sucessão de fatos caóticos e desarticulados entre si, mas sim orientados e influenciados por uma série de fatores naturais e sobrenaturais, que variam de acordo com o momento e a situação histórica. Um desses fatores negativos foi descrito pelo Papa Pio XII como sendo um sutil e misterioso inimigo da Igreja: “Ele se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social, da unidade no organismo misterioso de Cristo”.1

     Foi sob esse prisma que analisamos em nossos artigos anteriores o embate entre forças antagônicas no Brasil, a partir do século XIX, no tocante à educação, ao verdadeiro papel da mulher e em especial à influência da família na boa formação da sociedade.

Provações inerentes a toda obra de apostolado

     D. Antônio Joaquim de Melo, primeiro bispo brasileiro a assumir a diocese de São Paulo, elaborou sólido plano de recuperação do catolicismo autêntico no Brasil, fundamentado nos ensinamentos do Concilio de Trento e nas orientações do Bem-aventurado Papa Pio IX. Entre suas metas principais figurava a constituição de seminários para a formação de um clero instruído e pleno de vida interior. Além disso, o prelado percebia bem quanto valor tinha a instrução católica da juventude, em especial a feminina, que levaria a boa seiva para suas famílias como filhas, irmãs, esposas e mães.
    Praça de Martouret, na cidade de Puy, onde foram mortas as primeiras
 mártires das religiosas de São José de Chambéry 


    O plano do fervoroso bispo constava de uma instrução religiosa e cultural exímia. Exemplo disso foram as seis irmãs de São José de Chambéry, Sabóia (França), enviadas a Itu, no estado de São Paulo. Essa congregação tivera a glória de ser dispersa pela Revolução Francesa e ter suas primeiras mártires executadas na Praça de Martouret, na cidade de Puy, por não aceitarem a constituição civil do clero e as idéias iluministas desse movimento anticristão. A congregação felizmente não sucumbiu, e se reorganizou durante o século XIX.

    A maioria de suas religiosas aqui aportadas era constituída por jovens entre 19 e 30 anos de idade, cuja chegada não deixou de causar, de um lado entusiasmos contagiantes, e de outro provações enormes, o que não é raro nas grandes obras de apostolado.

    Assim, a indicada para superiora – Madre Maria Basília –, logo ao sair da Europa contraiu um resfriado, que se agravou a ponto de levá-la à morte em plena viagem. O Revmo. Pe. Terrier, dirigindo-se ao cardeal Billet, assim descreve o ocorrido: “Apesar da dedicação do médico, o mal se agravou, uma febre violenta a fez perder completamente o conhecimento de tudo, mantendo-a em delírio durante cinco dias. Pela tarde de 26 de julho, depois de ter repetido duas ou três vezes os nomes de Jesus, Maria e José, ela morreu como os justos, chorada por todos e a dois dias da chegada à terra, na altura do Cabo Frio, diante do Brasil onde ela tanto desejava chegar. Ó Eminência, que terrível golpe para nós; mas aos olhos da fé, que linda morte! Era mister uma vítima para atrair as bênçãos celestes sobre o nosso empreendimento: Deus escolheu a mais pura, a melhor preparada, a mais agradável aos seus olhos.

“Como não se podia conservar a bordo um cadáver além de 12 horas, foi preciso proceder-se à sua imersão, na madrugada seguinte. A cerimônia foi realizada com a maior solenidade possível. Celebrei a missa de corpo presente, e, bem assim, o Revmo. cônego Goud e o padre capuchinho: todos os católicos de bordo assistiram ao Santo Sacrifício. Findo este, o corpo, revestido do seu habito religioso, foi transportado para o convés e aí se cantou a Absolvição em meio dos soluços de todos os assistentes. Depois do último Requiescat in pace, suas Irmãs aproximaram-se para o derradeiro adeus, em seguida lhe ataram aos pés um saco de areia e escorregaram-na suavemente para o mar”.2

Madre Teodora de Voiron
     Deixamos para futuro artigo a narração das peripécias da viagem entre Rio, Santos, São Paulo e Itu. Pode-se bem imaginar as dificuldades sentidas por religiosas ainda muito jovens, vindas de uma sociedade europeia, sendo transportadas em liteiras, carroças e animais do mundo agreste de então. Entretanto, logo no primeiro instante, perceberam a cordialidade e a hospitalidade do brasileiro, características de nosso povo que foram objeto de elogios das religiosas.

     Com a morte de Madre Basília, que superiora escolher? Foi indicada a Madre Maria Teodora de Voiron, de apenas 24 anos. D. Joaquim se opôs: “Mas é uma criança! Uma criança! Que faremos com uma criança?!”

     Com o passar dos dias e observando-a atentamente, ele mudou o seu parecer: “Concluí que sua sensatez, sua discrição e sua prudência triunfariam de todos os obstáculos. Pareceu-me ver nela bom senso e condescendência, qualidades indispensáveis a uma superiora. Tudo me convenceu que ela devia governar”.
Monumento em homenagem à Madre Teodora
     Madre Teodora, escrevendo à sua superiora na Europa, registrou: “O Sr. Bispo acaba de me enviar, por escrito, a confirmação do meu nome para superiora. Nunca senti tão vivamente minha fraqueza e profunda miséria. Minha única esperança está no Divino Salvador. Conto com a assistência de sua graça e com os conselhos de minha boa Mãe”. Logo em seguida acrescenta “Fazem-nos um pouco de guerra: nossa mudança excitou a raiva dos maus; eles não se conformam com a idéia de que a mais rica e bela Igreja, não somente da cidade, mas da Província, passe para mãos estrangeiras. Vêem que nossa obra prospera, que gozamos das simpatias de um grande número e não nos podem perdoar”.

      Madre Teodora enfrentou provações múltiplas: contra a fé, contra a esperança, de desânimo, e muitas outras. Já com mais idade, contava sorrindo que certo dia, quando ainda jovem superiora, foi chamada ao locutório por um senhor de meia idade que, sem mais preâmbulos, exprimiu-lhe profunda admiração por sua brilhante inteligência, seu espírito de iniciativa e demais prendas. Acabou pedindo-a em casamento.

     Agradecendo-lhe a homenagem e os cumprimentos, Madre Teodora explicou-lhe: “Se fosse esse meu ideal, por certo eu não deixaria a França, onde recusei ótimos partidos”.
Esta é usualmente, diga-se de passagem, uma arma dos inimigos da Igreja contra sacerdotes e religiosas. E quantos apostatam! Mas era tal o desinteresse da Madre pelo assunto, que jamais cogitou da identidade do cavalheiro...
              Este prédio, inaugurado em 1867, abrigou o Colégio São Luís
 dos padres jesuítas, em Itu

Oposição dos inimigos da Igreja

     Interessa-nos realçar principalmente aqui em que consistiu a oposição a esta obra por parte de forças anticlericais de então, com seus métodos de ataques explícitos à Igreja. Hoje o lobo mudou de pele, embora tenha conservado e até requintado seu ódio à fé.

      O jornal “A Gazeta de Campinas” publicou, no período de 1878 a 1880, uma série de artigos assinados por um L.L. (morador de Itu), sob o título O conventinho, os jesuítas e o Patrocínio de Itu. Entre sarcasmos, afirma-se nessa série (mantemos a ortografia do original): “Até quando ficaremos expostos aos effeitos funestissimos dessas cazas jesuíticas, que não escrupolizam em dar educação por ‘tais metas’[...]. Dezenas e dezenas de meninas costumam vir educar-se no Patrocínio, seria este cúmplice naqueles desmandos, caso não se viesse pela imprensa, abrir dos olhos aos ingênuos pais de famílias que, na boa fé, são aludidos pelos saltimbancos de roupeta”.
      O alvo prioritário dos ataques eram os jesuítas. As Irmãs de São José também se tornam objeto das investidas, em virtude de sua ligação com os filhos de Santo Inácio. A congregação foi alvo de inúmeras crônicas, às vezes rudes, furibundas, fantasiosas e infundadas.

      Um artigo no mesmo jornal, assinado por Ollem Sopmac — que, se lido na ordem inversa, pode significar Campos Mello — comenta: “Entretanto, a menina de que fallamos, que não teve tempo para estudar nem sequer a historia pátria, nem somente a provincial, sabia de cor inteiramente sem faltar uma linha, um volume inteiro da Historia Sagrada! [...] Nem um só dia deixa de repetir Cathecismo e Historia Sagrada [...], única cousa que se ensina com desvelo é o que lhe chamam religião, e que seria, se não estivesse enxertada das mesmas superstições dos jesuítas. Não vale a pena tão pouca cultura intellectual em troca de tanto fetichismo. [...] Em breve, os observadores conheceram que o beatíssimo começava a ressurgir de suas cinzas. Novas e desconhecidas praticas religiosas appareceram. As festas do mez de Maria de que nunca se fallou em Itu, foram instituídas; as solemnidades da Primeira Comunhão, um verdadeiro melodrama, que deslumbra as mulheres ignorantes e até alguns não muito ignorantes, celebram-se em grande concurso”.3

       Expressões como “fanatizado pelos jesuítas”, “enorme turba de beatos”, “medrosos”, “multiplicaram-se as superstições”, “asqueroso fetichismo” etc., não cessavam de aparecer em tais escritos cheios de fel e anticlericalismo.

Resultado de uma grande obra de apostolado

Madre Teodora às vés-
peras de sua morte
      Madre Teodora foi superiora da congregação por quase 66 anos. Apesar de todas as investidas, a obra foi adiante. A partir daquela semente nasceram numerosos frutos. Só no estado de São Paulo, até 1919, a congregação já mantinha 31 casas sob sua direção.
      De acordo com o registro dos livros de matrículas que se encontra no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, de 1859 a 1919 foram matriculadas 2.275 alunas. Considerando o número de inscritas ano a ano, a tabela fala por si, demonstrando que o prestígio do colégio se mantinha equilibrado no decurso de 60 anos – caso inusitado, se comparado a outras instituições de educação que tentaram se firmar nesse mesmo período.
      A sociedade paulista ficou marcada durante essas décadas pela moralidade católica tradicional. Moralidade esta combatida hoje ao extremo pelos fautores do hedonismo como “sociedade hipócrita, cheia de falso moralismo e tabus” e toda sorte de slogans injustos e superficiais. É a manifestação do mundo com seus ódios, falsos atrativos e falsas máximas, a que se refere São Paulo Apóstolo.
Em próximo artigo pretendemos expor o método e o programa de ensino das Madres de São José de Chambéry, tão amadas e queridas por várias gerações de formandas.
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Nota:
1. Alocução à União dos Homens da A. C. Italiana de 12-10-1952 – “Discorsi e Radiomessaggi”, vol XIV p. 359.
2. Uma alma de Fé, Olivia Sebastiana Silva, Ave Maria, São Paulo, 1985, p. 55 e 56.
3. “Educação Feminina numa Instituição total confessional Católica Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, Maria Iza Gerth da Cunha. Tese apresentada do Departamento de Historia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de SP (USP), 1999.
Grupo de alunas do Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu


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·  Excelente!!!
A vocação do Brasil sempre será CATÓLICA. A história nos diz!
Gostei muito do artigo. Espero pelo próximo.
Salve Maria,
Carlos Magno
· 
José Silveira Viana
12, novembro, 2011 em 11:09 | #2
A Providência Divina não deixou de cercar de cuidados na formação de uma sã juventude enviando missionários virtuosos, mas, como já era de se esperar os inimigos da Igreja não dormem e hoje quer se banir toda religião do ensino.
· 
Márcio
12, novembro, 2011 em 09:23 | #3
Excelente artigo! Escrevam mais sobre esse assunto. Os jornais já falam o suficiente do fracasso do ensino laical (promovido pelos críticos da educação religiosa): crimes, comportamento anti-social, drogas, sexo, desrespeito, ignorância, etc.