sexta-feira, 16 de outubro de 2015

 

Tragédia ou privilégio do pequeno Aylan Kurdi?


Aylan Kurdi, encontrado morto numa praia da Turquia, ao tentar fugir com sua família do estado caótico em que se encontra seu país (Nilufer Demir/Reuters)
Autêntica ou artificialmente, a figura do menino sírio Aylan Kurdi – encontrado morto numa praia da Turquia, ao tentar fugir com sua família do estado caótico em que se encontra seu país – repercutiu em todos os meios de comunicação.
Quem possuir algum sentimento de alma, não pode ter ficado impassível ante sua imagem, debruço e a cabeça enterrada na areia, nem ao drama de sua família e de todas as populações que se encontram em situação análoga.
As atitudes e opiniões a propósito do triste acontecimento se dividiram. Muitos foram inculpados, especialmente os países ricos, acusados de falta de senso humanitário por dificultarem o acolhimento de pessoas atingidas por tamanha tragédia.
No entanto, acho que não foi essa a verdadeira causa do ocorrido. Pretendo expor aqui outras considerações que povoaram então a minha mente. E elas dizem respeito ao fato de que, no volumoso noticiário sobre a morte do menino, não pude saber que religião professava os seus pais.
De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja Católica, religião que professo com todas as veras de minha alma, esse garoto salvou a sua alma. Nossa fé ensina que, salvo raríssimas exceções, só atingimos a idade da razão por volta dos sete anos. Antes disto não somos responsáveis pelos nossos atos, incapazes, portanto, de ofender gravemente a Deus.
Aylan kurdi ao morrer tinha três anos de idade.  Caso ele tenha sido validamente batizado, sua alma está diante da Santíssima Trindade, dos Anjos e dos bem-aventurados por toda a eternidade. Sabe-se bem o que é isso? Milhões e milhões de anos numa felicidade plena, sem nunca acabar, pois é eterna!
Caso ele não tenha sido batizado, onde estará a sua alma inocente? Deixo o problema aos teólogos. Segundo sempre aprendemos, estaria no Limbo, isto é, usufruindo de uma felicidade natural em sua plenitude. O certo é que perdido ele não está.
Claro que gostaríamos que Aylan vivesse por muitos e muitos anos, e chegasse a um auge de perfeição desejada pela Divina Providência. E depois, com a alma na amizade de Deus, ganhasse o céu por toda a eternidade. Devido às circunstâncias da impiedade hodierna, pergunto apenas se esse menino não acabou ganhando, pois Deus Nosso Senhor tem suas vias, e quão misteriosas elas são.
Aylan kurdi morreu tragicamente, mas expirou inocente. Que ele rogue à Virgem Santíssima e ao Seu Divino Filho que nos abençoem e protejam, e vele por nossos filhos e nossas famílias, a fim de que nós, que ainda habitamos neste vale de lágrimas, não caiamos em tamanha desgraça.
  Sobre Sergio Bertoli


Católico, professor, jornalista, discípulo do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira.
Foto junto a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima que chorou em New Orleans USA - 1992. Em despedida rumo aquele país no aeroporto de Guarulhos 7/10/2015.

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo


Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo
Sergio Bertoli (*)
           O que entendemos por milagre na doutrina da Igreja Católica, Apostólica, Romana? – Trata-se de um fato, ou melhor, de um acontecimento que contraria as leis da natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo realizou incontáveis milagres, sendo o da própria ressurreição o maior de todos, pois se não tivesse ressuscitado nossa fé seria vã.
Milagre é também um dos aspectos da vida dos Santos e uma confirmação marcante da veracidade da Igreja, que na sua sabedoria e prudência foi sempre muito cautelosa na comprovação de um milagre. Exemplo disso ocorre em Lourdes, na França, onde de 1858 até hoje houve incontáveis milagres operados, embora os reconhecidos pela Igreja ainda não cheguem a setenta.
A Igreja sempre incentivou os fieis a fortalecerem sua fé admirando e contemplando os milagres. Por exemplo, há muitos deles relativos à Presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada. Talvez o mais conhecido seja o de Lanciano, Itália. No sitewww.americaneedsfatima.org consta a narrativa de um milagre eucarístico relativamente recente, digna de figurar na Legende dorée ou nos Fioretti de São Francisco de Assis.
No último dia da estadia de João Paulo II aos EUA, em 1995, ele visitou em Baltimore o seminário de Santa Maria. Quis também fazer uma visita não programada à capela do Santíssimo Sacramento. Sentindo os responsáveis pela sua segurança a necessidade de uma ágil tomada de precauções, puseram-se a percorrer as salas e demais dependências com cães farejadores, utilizados em desabamentos de prédios e catástrofes naturais.
O objetivo era localizar eventuais pessoas escondidas no local com intenções escusas. Os cães esquadrinharam a Capela e nada encontraram. Farejaram também o altar do Santíssimo Sacramento, e não encontraram ninguém. Quando chegaram diante do Sacrário, pararam e olharam fixamente, como procedem quando há alguém entre os escombros.
Com os olhares fixos no Sacrário, cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local, apresentando todas as características de estar ali uma pessoa escondida. Na verdade, não havia ninguém, exceto no interior do tabernáculo, onde estava realmente o verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.
Inteirei-me do acontecimento apenas agora, ou seja, 20 anos depois, apesar da rapidez sideral dos meios de comunicação de nossos dias. Com efeito, tamanha é a indiferença das pessoas de hoje em relação ao sobrenatural e à Religião, que Deus Se serviu desses cães para lhes dar uma lição de credulidade. Se estivéssemos nos tempos medievais, tal acontecimento seria certamente imortalizado em maravilhosos vitrais de várias de suas imponentes catedrais.
(*) Sergio Bertoli é jornalista e colaborador da ABIM
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)